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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Família Lima na frequência perfeita!

Acabei de chegar do show da Família Lima, que ocorreu no Parque Ambiental da Souza Cruz. Perfeito mesmo! Em questão do meu trabalho, cheguei atrasada, ainda antes do show, mas não consegui aqueeeele bom lugar que eu gostaria. Não me abalei!!! Sentei na última fileira com a mesma animação de quem estava na primeira. Apesar da chuva e do frio (tive que bater palmas em quase todas as músicas pra ver se espantava um pouco aquele vento geladooo), acompanhei o show do início ao fim.


Mas o show parece que demorou pra esquentar. Até a 4ª música eles não deram nenhum "oi" pra galera! Ah, sim, lembrei, no final da terceira eles gritaram "Boa noite, Santa Cruz!". Achei tão estranho até este momento, parecia que a gente não estava ali. Mas depois que o Lucas abriu a boca, o show realmente começou.


Me surpreenderam tocando covers de Legião Urbana (Pais e Filhos), Titãs (Aluga-se - já na parte do bis do show), e sim, da esposa e cunhado Sandy e Jr (Abri os olhos - que eu ainda prefiro mais a Sandy cantando esta música do que ele!). Teve direito a um murmuro da plateia quando ele comentou que a música era da sua esposa, seguidos de aplausos (até agora não entendi se o aplauso foi pra ele ou foi pra ela!).


Acho que um dos momentos ápices do show foi, com certeza, o passeio dos violinistas no meio do corredor da plateia. Mas a pobre e atrasada aqui não pôde ver eles de pertinho, porque eles não foram até o final do corredor. Outro momento marcante foi o primeiro bis com a canção "Céu, sol, sul, terra e cor", com direito a coral da plateia durante toda a música.


Mas como um programa de "Família" que se preze, tenho que enfatizar um ponto que foi essencial no show: volume na medida certa. Tanto que, no início, fiquei na dúvida se era um playback ou eles realmente estavam tocando ao vivo. Bem bem no começo do show, o Lucas tocou guitarra - com bastante distorção até - e minha mãe, que não curte isso, não me olhou com cara de quem estava sendo agredida por altos decibéis agulhando seus ouvidos. Outra coisa legal foi ver o violino do Lucas com som de guitarra. Foi um clássico bem moderno, na frequência certa. Afinal, estávamos num show de "Família", neste caso, Lima! :P

domingo, 24 de outubro de 2010

Turistas nos barzinhos de Santa Cruz

Em outubro, aqui em Santa Cruz, é o mês em que mais há turistas pela cidade. Tem Oktoberfest, tem Stock Car, tem Oktobermoto, e daqui há pouco já vem o ENART por aí. E no dia-a-dia eu não sinto nada de diferente aqui a não ser vendo gente tirar fotos no túnel verde e na Catedral, carros com placas de outras cidades... Mas nos finais de semana eu toco em barzinhos. E é aí que eu sinto a diferença.


Não tem como não notar a diferença na plateia, principalmente no quesito educação e valorização da cultura. Neste findi tive a oportunidade de tocar na Sunset na sexta e no Quiosque no sábado. Não vou dizer que eles bateram palmas em todas as músicas. Não, não foi pra tanto. Mas o olhar atento, a ida ao banheiro com um sorriso seguido de um comentário positivo sobre a música (sim, eu não sei porque, mas em todos os lugares que eu toco, o palco sempre fica perto dos banheiros). Acho que nunca vi o Quiosque tão movimentado. E as mesas continuaram ocupadas quase até o fim da apresentação. Se foi por causa da música, não posso afirmar. Até porque dono de bar não gosta que clientes fiquem ocupando a mesa durante muito tempo. Eles dizem que o restaurante/bar tem que ter giro. E a música, segundo eles, atrapalha porque as pessoas continuam na mesa, sem consumir, só pra assistir a música ao vivo.


Enfim, pensamentos hipócritas à parte, ontem eu pude sentir a hospitalidade dos turistas. Sim, acho que este termo serve mais para a cidade que recebe os turistas. Mas ontem foi justamente o contrário: eu me senti acolhida pelos turistas. E não há nada como um bom sorriso e uma apresentação inicial falando e olhando no olhos de cada cliente, que não conquiste e dê abertura pra eles chegarem até a gente e darem a sua opinião quando passarem pra ir no banheiro...


Dífícil ver o mesmo acontecendo quando não há eventos turísticos naquele dia. Afinal, santo de casa não faz milagre, já dizia minha vó que eu nem conheci. Gente daqui não valoriza quem é daqui, isto é fato. As pessoas pensam que o músico local está aqui porque não tem capacidade e talento suficiente pra sair da cidade. Os motivos que me levam a estar em Santa Cruz ainda eu nem sei bem dizer quais são. Mas tenho certeza que muitos artistas locais estão aqui por opção. Estar solteiro não dizem que pode ser uma opção? Porque músico talentoso não pode continuar na sua cidade de origem e as pessoas pensarem que isso também é uma opção?


Valorize quem é daqui!!! Porque quem ainda está aqui é porque valoriza e gosta de morar nesta cidade que recebe diversos turistas - aqueles mesmos que acolhem e valorizam quem é daqui.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ODEIOOOOOO

Odeio sanduíches e comida fria.
Odeio levantar cedo.
Odeio ter que ir no médico. Odeio hospital. Odeio agulhas.
Odeio gente falsa. Odeio gente se fazendo.
Odeio gente que provoca e no fundo não quer nada.
Odeio gente que não muda e diz que nunca vai mudar e acha que todo mundo tem que aceitá-la assim.
Odeio rotina. Odeio acomodação.
Odeio coca-cola. Odeio torta de bolacha.
Odeio ter alergia a camarão.
Odeio não ter nascido linda.
Odeio ter olheiras. Odeio ter nascido com a pele tão branca.
Odeio quando os mosquitos e bichos me acham, mesmo tendo 20 pessoas numa mesma sala sem ver eles.
Odeio não ter cabelo comprido. E ele ainda ser cacheado. 
Odeio ter que cortar as unhas pra tocar violão.
Odeio ser estudiosa e não inteligente.
Odeio não ter nascido com uma voz de negona, daquelas que chega a dar medo quando abre a boca.
Odeio celulares desligados.
Odeio ser ignorada. Odeio indiferença.
Odeio quando compro um aparelho e ele não funciona. Ou ainda descobrir que eu é que não sei usar ele direito.
Odeio não ter aquela resposta na ponta da língua na hora certa. E só me lembrar do que eu poderia ter dito um dia depois.
Odeio gente que fica batendo na mesa como se fosse uma bateria.
Odeio quem fica batendo os pés quando estou tentando me concentrar em algo importante.
Odeio quando a bateria do celular, ou da câmera digital, ou do notebook, acaba justo na hora em que eu mais preciso deles ligados.
Odeio quando alguém que eu não gosto me diz algo sobre minha personalidade que eu ainda não tinha percebido. E pior ainda quando eu sei que a pessoa está certa.
Odeio quando alguém só vê o que eu fiz de errado.
Odeio quando dá pau no programa que estou usando e eu não tinha salvo metade do trabalho no computador.
Odeio pedreiros e quem me conhece sabe e compreende o porquê.
Odeio não saber todas as palavras da minha língua e ainda querer aprender outra.
Odeio não saber conjugar todos os verbos. Odeio quem inventou tanta regra no português.
Odeio sentir saudade. Odeio distância.
Odeio despedidas. Odeio ter que me separar de alguém justo quando estou mais próxima dessa pessoa.
Odeio saber que alguém não gosta de mim da mesma forma que eu gosto desta pessoa.
Odeio não ter o controle da situação. Sim, eu confesso.
Odeio não saber onde você está.
Odeio não saber o que eu quero realmente da vida.
Odeio não me entender por completo.
Odeio não saber como terminar esta lista! :P

ADOOORO

Eu sei, é uma lista infinita. Mas eu tentei. ;)

Adoro quando o dia está ensolarado.
Adoro não ter nada pra fazer depois do almoço.
Adoro poder dormir até mais tarde.
Adoooooro dormir.
Adoro só ter namorado homens que não eram fissurados por futebol.
Adoro um colo. Adoro um abraço.
Adoro não precisar pensar.
Mas adoro fica matutando coisas e sonhando acordada.
Adoro filosofar, e faço isso bêbada ou não.
Adoro jogar Freecell e Paciência quando a internet não conecta.
Adoro quando falta luz e jogo cartas ou Stop com a família.
Adoro sair pra passear sem rumo com meu carro. Adoro dar voltinhas de carro.
Adoro quando acho aquela vaga no estacionamento no horário mais movimentado do dia.
Adoro praia. Adoro uma rede. Adoro caminhar na areia. Adoro tomar sol. Adoro uma corzinha de verão.
Adoro cantar. Adoro tocar teclado. Adoro tentar tocar violão.
Adoro filmes. Adoro música. Adoro escrever.
Adoro escrever bilhetinhos pra quem eu vejo todo dia. Ou pra quem eu quase nunca vejo.
Adoro controle remotos. Adoro apertar botões.
Adoro ganhar presentes. Adoro dar um presente e ver na cara da pessoa que ela gostou muito.
Adoro beijar na boca. Adoro uma boa pegada.
Adoro ser surpreendida.
Adoro sair com as amigas. E dizer de boca cheia: Só vim pra dançar!
Adoro pessoas alto astral. E só atraio gente louca!!
Adoro ouvir as pessoas. Adoro ser ouvida com atenção.
Adoro fazer as pessoas rirem.
Adoro sorrisos, olhares. Adoro observar as mãos das pessoas.
Adoro observar os gestos únicos de cada um. O jeito de caminhar.
Adoro tudo que faço. Mesmo sempre reclamando e nunca achando que foi bom o suficiente.
Adoro fotografar os outros. Adoro registrar os bons momentos. Adoro olhar fotos antigas.
Adoro me maquiar. Adoro um espelho, mas só depois do meio-dia.
Adoro o arroz da minha mãe. Adoro tudo que ela faz.
Adoro até brócolis. Adoro cereja.
Adoro chocolate com morango.
Adoro misturar doce com salgado. E comer primeiro pizza doce e depois a salgada.
Adooooro comer.
Adoro escovar meus dentes andando pela casa.
Adoro viajar. Adoro conhecer lugares, pessoas, comidas, tudo novo.
Adoro reconhecer coisas velhas.
Adoro voltar pra casa.
Adoro ouvir muitas vezes uma mesma música em alto e bom som.
Adoro dançar. Adoro correr.
Adoro tomar água.
Adoro ver o pôr-do-sol.
Adoro azul. Adoro lilás, caramelo, cores pastéis.
Adoro flores amarelas. Adoro amarelo.
Adoro compôr à noite.
Adoro admirar o que há de mais simples.
Adoro meus momentos de solidão. Meus momentos de pós-desespero e achar que tudo vai dar certo.
E quase sempre dá. Porque eu vou mais forte e vou acreditando.
Adoro olhar pra trás e lembrar de momentos que eu sei que não haverá nada nem parecido.
Adoro olhar pra frente e não saber o que virá.
Adoro seguir a vida sem saber direito o que, pra onde, porquê, pra quê...
Adoro dúvidas. Adoro me questionar.
Adoro tudo que tenho. E algumas coisas adoro não ter que ter.
Adoro escrever tudo isso que eu adoro e saber que eu não sou a única que adoro as mesmas coisas.
Adoro saber que em algumas coisas, sim, eu sou única. E essas poucas coisas me fazem sentir especial.