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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os meus "porquês"

Sempre fui daquelas pessoas que pensam demais. Observava atentamente tudo a minha volta desde pequena. E pensava. Pensava muito. Me questionava o porquê de cada coisa. E mesmo as pessoas achando as coisas já esclarecidas, lá estava eu questionando algum detalhe. Não por querer ser chata, mas porque aquilo me intrigava, me fazia pensar.

E assim continuei pensando. Mesmo a vida me dando várias certezas, eu fazia questão de achar as dúvidas. E por certas vezes, as dúvidas pareciam me procurar. Ou eu as atraía com o meu insistente pensar. Parece que quando acabassem-se as dúvidas, não haveria sentido algum em continuar. 

Hoje vejo que prefiro viver na dúvida do que na certeza. É meu jeito de aceitar a vida, de enfrentar cada dia querendo descobrir mais de mim e do mundo. É isso que me faz querer continuar, faz querer viver mais e ir além do que acredito ser capaz.

Quando somos pequenos tudo é novidade, tudo é motivo pra perguntar o porquê, tudo é tão fascinante e instigante, que parece que não haverá tempo pra aprender tudo em uma vida só. Há sede em querer descobrir tudo, há um interesse em coisas tão simples. E com o tempo essas coisas se tornam insignificantes, tão óbvias que a gente começa a parar de se perguntar "Porque?". 

Não quero deixar os porquês morrerem em mim. Quero saber, quero aprender, quero descobrir, quero viver. E viver sem saber se está realmente certo, se é realmente aquilo mesmo, é ainda mais envolvente. E quando eu achar que já descobri tudo, espero que o tudo vire um nada e eu recomece do zero pra encontrar um novo sentido pra viver. Porque sem saber, já achei o meu porquê. ;)